domingo, 1 de outubro de 2017

a aldeia tem uma doença grave
de quem ignora ou comemora
no meio da sala um cadáver
mas acusam de  bandido quem chora
pelo brado de um covarde com um revólver
que retumba chumbo na carne suave
de um país velho sem História

como se desorientássemos uma nave
é louco quem na nau dos loucos mora
e talvez a boa metade que se salve
chore mares por sua louca vitória
mares que tantos fantasmas devolvem
corpos e pensamentos instáveis
...todos tão mortos de memórias