quinta-feira, 24 de agosto de 2017

sob o fogo do Sol

Sob o fogo do Sol
a alma evapora
do corpo que sua
do corpo que sangra
Danação

As horas dissolvem
pensamento e memórias
a terra é tão dura
mas o homem não se zanga
Resignação

O tempo dá a volta
A tarde demora
mas o vento insinua
muito mais que a mudança
da estação

O algoz não é de fogo
mas é mais que carne e osso
face de abstrações

Alguma coisa lhe esconde
Onde está seu horizonte?
Onde dói o coração?

Este sofrimento
que se vê, que se sente
tão profundo, tão imundo
histórica questão

também têm, veja só
suas raízes no presente
À flor da terra estão elas
ao alcance das mãos



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