quinta-feira, 24 de agosto de 2017

como deuses

O mundo é dos instintos
e a razão seu simples instrumento
talvez o melhor, a maior das diretrizes
Ferramenta das emoções, das paixões puras
e de suas formas obtusas
ao contrário do que tu dizes

o frio inexaurível dos con$umidos
o sombrio amor das bruxas
o ego excêntrico dos exibidos

emoção fria
ancestral
mitologia

a culpa humana de sonegar
o peso análogo de a sí negar
ou no peito a cama desfeita

a paixão egoísta dos narcisos
o hábito passional de qualquer vício
E O QUE HÁ DE MAIOR NO MUNDO

Não me digam que o mundo está perdido
por não agirmos por instinto!
No intuito de vivermos como deuses
é que racionalizamos os seus usos
e deliberamos a falta de controle
nossa paixão de gelo

No instinto de virarmos burgueses
é que contabilizamos os seus juros
ávidos por sempre mais! bicho homem!
nossa estranha fome
  
No infinito de algumas vezes
em garrafas que esvaziamos juntos
acreditamos
em felicidades pelos instintos
mas só por eles nós já vivemos
e nós não vemos

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