sacola plástica bailando ao vento
delirante
lúcido em errados momentos
eu sou feito de espinhos
assim eu sou minha prisão
posso ser o seu vinho
mas não lhe posso ser o pão
eu fecho os caminhos que eu abro sozinho
sozinho
sou retórica
de alguém que não se aguenta
hipócrita
hipoclorito em água benta
faça o que eu digo, o resto é piada
escolhas eradas: fiz uma de cada
não é lei amigo, só constatação
e amigo é só força de expressão
terra arrasada e pontes queimadas
a práxis
não está na Pravda
a verdade
está além das palavras
de regras cagadas enchemos pilhas
e mais pilhas de páginas
à mão e no ritmo das máquinas
de tratados e exemplos como a Bíblia,
mensagens, memes, jornais e tiras
e mais nossas próprias mentiras
...proferidas na cara uns dos outros!
deixam na boca até um gosto
*antigo jornal da
União Soviética
As palavras, na vida como nos poemas, servem de matéria prima.
ResponderExcluirE a verdade, na vida como nos poemas, de que serve? A quem serve?
"Todas as relações fixas e rapidamente solidificadas, com sua coleção de ideias e opiniões veneráveis, são varridas do mapa; todas as relações recém- formadas tornam-se obsoletas antes de terem tempo de se calcificar." "Tudo que é sólido se desmancha no ar."
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